"Sacanas sem lei"

Grande filme. Tarantino no seu melhor...

P.S.: Com muitas cenas de cortar à faca. Literalmente. Não aconselhável a pessoas demasiado sensíveis...

O Tempo

" ...O Papalagui emprega todas as suas forças, bem como a sua capacidade de raciocínio, em tentar ganhar tempo (...). A meu ver, é precisamente por o Papalagui tentar reter o tempo com as mãos, que ele se lhe escapa por entre os dedos, como uma serpente por mão molhada. O Papalagui nunca deixa que ele venha ao seu encontro. Corre sempre atrás dele de braços estendidos, não lhe concede o repouso necessário, não o deixa apanhar um pouco de sol. Tem de ter sempre o tempo ao pé de si, para lhe cantar ou contar qualquer coisa. Mas o tempo é calma, é paz e sossego, gosta de nos ver descansar, estendidos na nossa esteira. O papalagui não se apercebeu ainda do que o tempo é, não o compreendeu. É por isso que o maltrata, com os seus modos rudes..." - from "O Papalagui - discursos de tuiavii chefe de tribo de tiavéa nos mares do sul"

Isto é verdade. Tão verdade que durante a próxima semana vou tratar bem o meu tempo. Sem horas de acordar. Sem horários para cumprir. Sem momentos marcados para estar onde quer que seja. Resumido, vou de férias.

BYE!!!

PS: para quem desconhece: " Papalagui", assim os samoanos chamam aos brancos, em assim Erich Scheurmann chamou à crítica da civilização ocidental posta na boca do chefe samoano Tuiavii. Um livro pequeno, mas repleto de grande exactidão.

Inércia

Hoje estou indolente. Apática. Deprimida. Não apetece fazer nada. É quarta-feira, um dia atrofiante. Acho que o meu mal é mesmo sono. Mas nem isso me apetece...

P.S.: aproveito para apresentar a minha gata - X.

Livros

Sou fanática da leitura, admito. Desde sempre me lembro de apanhar qualquer papel com letra impressa e me dedicar, com um prazer indefinível, a ler, reler e voltar a ler. Em pequenina, à falta de livros em casa, devorava as revistas “Audácia” que o meu irmão assinava, mais tarde, até os livros da escola dos meus irmãos marchavam (especialmente história e português). Livros mesmo a sério só quando alguém me oferecia no meu aniversário (entre um livro e uma boneca, nem olhava duas vezes para a dita…). Ainda tenho guardado com muito carinho o primeiro livro que me ofereceram, “Patrícia e a bruxa sussurrante”, com uma bela dedicatória da minha professora da primária…

E há uns anos para cá, com autonomia financeira, foi um ver se te avias: fui comprando e lendo, ou porque o resumo da história era interessante, ou porque é de um bom autor, ou porque mo aconselharam… e fui juntando, pois gosto de sentir que são meus, mas não os deixo abandonados: a maior parte já li duas vezes, alguns várias e sei passagens de cor. Uns mais que outros, todos são especiais. São amigos que estão sempre ali para mim.

Horóscopo da semana

"Signo da semana – caranguejo

As cartas escolhidas são a Paz e os Presentes.
Reina uma harmonia fora do comum. É o tempo exacto para conhecer profundamente os desejos e fantasias do seu par e proporcionar-lhe momentos de intenso prazer."

in “Oráculo de Belline”, Dica da semana, edição 392

... agora pergunto eu: e quem não tem par?....O que é que os astros me reservam esta semana? Vou andar desorientadinha de todo… ;)

Dependência

Estava no trabalho, faltava cerca de uma hora para a saída, e o meu telemóvel deu sinal de bateria fraca. Entrei em stress: e se alguém decide ligar-me e a bateria não aguentar? E se receber um SMS e não o conseguir ler? Ai que tragédia!!!
E realmente, ao pensar friamente na situação, apercebo-me do quão ridícula ela é. Há nove anos atrás não tinha telemóvel, e sobrevivia. Tudo bem que não tinha os compromissos profissionais que tenho actualmente, em que tenho de estar sempre contactável, mas já tinha vida social e uns mocinhos debaixo de olho…e nada se perdia. Agora é que estamos tão habituadas a apêndices, que sempre que saio de casa sem o telemóvel sinto-me como se me faltasse algo muito importante…e hoje nada se combina sem toques, sms e afins. O telemóvel tornou-se uma necessidade...ou será dependência?

Mas só para contrariar, cheguei a casa, larguei o telemóvel (desligado) e voltei a sair. Não me fez falta, mas tou curiosa para saber se alguém me ligou entretanto....

Presunções

“Queria dizer-te que te conheço há muito pouco tempo, mas por vezes não parece tão pouco assim. Queria dizer-te que gostava de me sentar ao teu lado e conversar sobre tudo e coisa alguma, mas faltam-me as palavras e a minha boca recusa-se a fazer outra coisa que não seja sorrir. Queria dizer-te que por vezes me lembro de ti, e fico a pensar se estarás a pensar em mim também... e fico a desejar estar contigo outra vez, pois mesmo no meio de uma multidão, só os teus olhos atraem os meus.”



Gostava que isto correspondesse à verdade, mas ainda não é assim. Sei que será em breve, porque ninguém é feliz sozinho, e todos nós precisamos de ter esse “alguém especial”, mesmo que seja algo que só exista no nosso pensamento.

"Bons Augúrios"

O livro mais engraçado sobre o fim do mundo que já li. Humor inteligente, numa história bem encadeada, fácil e agradável de ler. Para os apreciadores do estilo "Fantástico" e não só. Um Anti-Cristo invulgar, um demónio e um anjo a fazer jogo duplo, um caçador de bruxas inexperiente... e muitas mais personagens inesperadas. Neil Gaiman no seu melhor, aqui em parceria com Terry Pratchett.

Há dias...

...em que a única coisa certa é a hora a que saímos de casa. Como hoje, um dia como outro qualquer (pensava eu), e que de repente se complicou e arrastou... até agora, hora oficial de chegada a casa. Pois, e logo hoje que, não sei porque carga d'água, decidi usar salto alto... eu que sou fanática de saltinho raso e calçado desportivo. Pensava que seria um dia como os outros, das 9 às 5 e meia, e ainda tanta coisa para fazer depois. Mas não: correria para aqui, correria para acolá, um documento que falta, alguém que se atrasa... Pode até parecer chato, mas esta é uma das razões pelas quais adoro o meu trabalho: nunca um dia é igual a outro, e monotonia não há...

e o melhor de tudo: o trabalho hoje foi até tarde, mas o meu fim de semana já começou... yes!!

A Alameda do Rei

Eis um dos livros que mais gostei de ler até hoje: a história da segunda esposa de Luis XIV, o Rei-Sol. Uma mulher bela, independente, inteligente, digna, ambiciosa... Do nascimento como nobre mas na degradação de uma prisão, até uma posição de poder quase ilimitado na época ("Não ponho limites aos meus desejos", escreveu Françoise D'Aubigné), este é o percurso de vida de alguém que atingiu o sol sem deixar queimar as suas asas e se deixar cegar...

Uma mulher extraordinária, numa época fascinante.

ah, e o Nélson Évora não perdeu a medalha de ouro... Ele GANHOU a de prata...

always see the bright side...

Rir é bom remédio...

Sempre apreciei as pessoas capazes de se rirem de si próprias. Porque rir das nossas lacunas é uma maneira subtil e pacífica de desarmar os outros, e eu sempre preferi uma boa gargalhada a uma critica ácida. Porque é mais construtivo, e encarar e aceitar as falhas é já meio caminho para as ultrapassar. Porque o humor, como tudo na vida, não é gratuito (não há almoços de borla...) e só mesmo uma pessoa em paz consigo própria e com o mundo é capaz de encarar os erros pelo lado positivo. E também porque quem aceita que não é perfeito, aceita melhor as imperfeições dos outros...

Miopia

Ainda ando a fazer contas à vida do dinheiro que gastei nos últimos tempos no oftalmologista e na óptica... sim, porque isto de ser míope tem muito que se lhe diga, ou melhor, que se gaste. Mas estava hoje eu a pensar nesta coisa da Miopia: pior que a minha, que é chata, sai cara, me faz andar de óculos porque tenho os olhos secos, e me faz ver tudo desfocado ao longe, é a miopia da alma: não conseguir ver com nitidez aquilo que os outros realmente são, ver apenas a superfície, o que está logo ali debaixo do nariz. E tanta boa gente que sofre disso, sem o saber... Porque ver mais longe exige esforço, dedicação, e na sociedade fast-food de hoje, ninguém tem tempo nem paciencia para ir mais além do imediato.

Renovo

Estou pronta para o que a vida me traga. O passado já lá vai, ficou apenas uma cicatriz que cada vez doi menos, e fica a experiencia. É tempo de olhar em frente, e sorrir, pois melhores dias virão!!