segunda-feira, 9 de janeiro de 2012

horas difíceis






Sempre me foi difícil falar de sentimentos cara a cara. Sempre me faltaram as palavras. Sinto-me constrangida, pequenina, insignificante. Em especial para consolar alguém, as palavras parecem-me sempre triviais, e que não representam o que realmente sinto. Admiro genuinamente aquelas pessoas que, ao consolar alguém que perdeu um ente querido, conseguem encontrar as palavras certas para transmitir conforto (mas não os que apenas dizem alarvidades). Eu nunca o consegui. Fico com um nó na garganta, que não deixa sair nada, mas por outro lado quase me sufoca. E por ali fico, minúscula, envergonhada, acabrunhada, com vontade de fugir e de me esconder bem longe. Mas não fujo - apesar de a única coisa positiva que consigo fazer ser ficar por perto...

6 comentários:

GATA disse...

Menos mal... porque há quem fuja, porque não sabe o que dizer ou o que fazer!

Afinal é nos momentos maus que se conhecem os verdadeiros amigos.

Turista disse...

Querida Anira, e por vezes a nossa presença e/ou um abraço são o suficiente, nestas alturas.

Malena disse...

Tal e qual! :)

Beijoca repenicada!

L'Enfant Terrible disse...

Na vida nada é fácil e fugir por vezes parece ser o único caminho fácil, muito embora o contrário é digno de nota.

S* disse...

Continuo a ser assim para a família. Com o namorado, graças a deus, fui ganhando à vontade.

Porcelain disse...

Ficar por perto já é bastante... palavras em horas difíceis, podem ser coisas muito perigosas...