Recebi este texto por e-mail, aqui vai para reflectir:
"Um professor que nunca tinha reprovado ninguém, reprovou numa ocasião uma turma inteira.
Foi num curso de economia. A turma insistia que o socialismo era praticável e que através da simples cooperação tendo em vista um bem comum, se obteria um resultado mais igualitário e justo do que aquele que se obtinha através dos mecanismos de competição e emulação.
Ou seja, sustentava a turma que o socialismo era mais eficaz e justo que o capitalismo.
O professor argumentou em vão pelo que, já em desespero, propôs a seguinte experiência:
Fariam os testes habituais, e a nota atribuída a cada um seria a média da turma. Os alunos aceitaram de imediato.
Todos tinham agora um objectivo comum e o resultado não poderia deixar de ser igualitário e justo.
No 1º teste, a média foi 15.
E aqui começaram os problemas. Aqueles que tinham estudado e a quem o teste tinha corrido bem, e que legitimamente podiam esperar um 19 ou um 20, ficaram a remoer o desagrado.
Aqueles que nem sequer tinham pegado no livro, resplandeciam de felicidade e louvavam o socialismo. E a verdade é que se provava que todos passavam e com uma boa nota.
No 2º teste os que antes tinham estudado e feito bons testes, entenderam naturalmente que não necessitavam de se esforçar tanto. Já que iam ter 15 no máximo, escusavam de se matar a estudar. Os que antes não tinham pegado nos livros, mantiveram as mesmas opções. Não era necessário, a boa nota estava garantida.
Como é evidente, a média baixou para 11 e aí já ninguém ficou especialmente satisfeito. No teste seguinte a média foi 8.
Instalou-se a desavença, fizeram-se acusações de sabotagem, de egoísmo, de falta de solidariedade, etc.
O resultado foi que ninguém mais queria estudar para não beneficiar os outros. E a turma reprovou.
Não sei se isto é verídico, mas, mutatis mutandis, foi basicamente o que aconteceu nas cooperativas agrícolas soviéticas, portuguesas, etc.
Moral da História:
Sem recompensas individuais, não há incentivos duradouros ao esforço. Tirar aos que se esforçam para dar aos que não se mexem conduz, mais tarde ou mais cedo, à discórdia e ao fracasso, porque quando metade de um grupo interioriza a ideia de que que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim.
O sistema de impostos progressivos e a inflação de subsídios "sociais", são os instrumentos privilegiados desta loucura socializante."
Foi num curso de economia. A turma insistia que o socialismo era praticável e que através da simples cooperação tendo em vista um bem comum, se obteria um resultado mais igualitário e justo do que aquele que se obtinha através dos mecanismos de competição e emulação.
Ou seja, sustentava a turma que o socialismo era mais eficaz e justo que o capitalismo.
O professor argumentou em vão pelo que, já em desespero, propôs a seguinte experiência:
Fariam os testes habituais, e a nota atribuída a cada um seria a média da turma. Os alunos aceitaram de imediato.
Todos tinham agora um objectivo comum e o resultado não poderia deixar de ser igualitário e justo.
No 1º teste, a média foi 15.
E aqui começaram os problemas. Aqueles que tinham estudado e a quem o teste tinha corrido bem, e que legitimamente podiam esperar um 19 ou um 20, ficaram a remoer o desagrado.
Aqueles que nem sequer tinham pegado no livro, resplandeciam de felicidade e louvavam o socialismo. E a verdade é que se provava que todos passavam e com uma boa nota.
No 2º teste os que antes tinham estudado e feito bons testes, entenderam naturalmente que não necessitavam de se esforçar tanto. Já que iam ter 15 no máximo, escusavam de se matar a estudar. Os que antes não tinham pegado nos livros, mantiveram as mesmas opções. Não era necessário, a boa nota estava garantida.
Como é evidente, a média baixou para 11 e aí já ninguém ficou especialmente satisfeito. No teste seguinte a média foi 8.
Instalou-se a desavença, fizeram-se acusações de sabotagem, de egoísmo, de falta de solidariedade, etc.
O resultado foi que ninguém mais queria estudar para não beneficiar os outros. E a turma reprovou.
Não sei se isto é verídico, mas, mutatis mutandis, foi basicamente o que aconteceu nas cooperativas agrícolas soviéticas, portuguesas, etc.
Moral da História:
Sem recompensas individuais, não há incentivos duradouros ao esforço. Tirar aos que se esforçam para dar aos que não se mexem conduz, mais tarde ou mais cedo, à discórdia e ao fracasso, porque quando metade de um grupo interioriza a ideia de que que não precisa trabalhar, pois a outra metade irá sustentá-la, e quando esta outra metade entende que não vale mais a pena trabalhar para sustentar a primeira metade, então chegamos ao começo do fim.
O sistema de impostos progressivos e a inflação de subsídios "sociais", são os instrumentos privilegiados desta loucura socializante."
4 comentários:
É sempre complicado reduzir o insucesso de um sistema a causas tão simplistas.
Por essa ordem de ideias, podemos dizer que o sucesso do capitalismo se deve não à iniciativa individual, mas à exploração do trabalho alheio.
Todos os sistemas têm tudo para serem os melhores e uma única coisa que faz deles os piores: o homem.
Ou seja: o Mundo só será bom e justo quando o homem se auto-extinguir lolol.
O que parece nem estar assim tão distante.
:/
O "socialismo" só funciona para pequenos grupos visto que assim há uma ligação estreita que leva todos a seguirem um objectivo comum. Agora elevar isso a uma escala enorme traduz-se em desgraça. Por outro lado o comunismo soviético não é socialismo na prática, mas sim capitalismo de Estado, visto que o Estado geria com mão de ferro tudo e todos.
Fresco & Fofo: Claro que é complicado, e não há soluções simplistas para problemas complexos. Mas também é certo que há poucas pessoas que sejam totalmente altruístas...
***
Bernardo: Desculpa lá a minha ignorância, isso quer dizer??
***
L'Enfant: é verdade, quanto mais gente, mais diferem os interesses...E essa teoria sobre o comunismo soviético é interessante!
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